Norma de Desempenho ABNT NBR 15575: O que você precisa saber
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25/07/2023Desempenho Térmico versus Conforto Térmico: Uma Análise Distintiva
Ao projetar e construir edifícios, é essencial considerar o desempenho térmico e o conforto térmico dos espaços internos. Embora esses termos estejam relacionados à temperatura e ao ambiente térmico, eles têm significados distintos e requerem abordagens diferentes. Neste artigo, vamos explorar a diferença entre os dois conceitos com base na NBR 15575 – Norma Brasileira de Desempenho para Edificações Habitacionais.
Desempenho Térmico: Uma Avaliação Técnica
O desempenho térmico refere-se à capacidade de um edifício em manter condições de temperatura adequadas em seu interior, levando em consideração fatores como isolamento térmico, ganho e perda de calor, ventilação e sistemas de climatização. A NBR 15575 estabelece requisitos mínimos para o desempenho térmico de edificações habitacionais, visando proporcionar conforto térmico aos ocupantes.
Desta forma, a norma estabelece critérios específicos, como a temperatura de referência para diferentes regiões climáticas, a transmitância térmica mínima das paredes e coberturas, capacidade térmica das paredes, área de ventilação mínima e área de transparência máxima. Nesse sentido, o desempenho térmico é avaliado quantitativamente por meio de simulações computacionais ou cálculos específicos, permitindo verificar se uma edificação atende aos requisitos estabelecidos.
Acesse o link abaixo para entender com profundidade os critérios de desempenho térmico.
Conforto Térmico: O Bem-Estar dos Ocupantes
Por outro lado, o conforto térmico diz respeito à sensação subjetiva de bem-estar térmico dos ocupantes de um ambiente. Envolve a percepção individual da temperatura, umidade relativa, velocidade do ar e outras variáveis que influenciam o conforto térmico. O conforto térmico é influenciado por fatores como vestuário, atividade física, condições metabólicas e preferências pessoais.
O conforto térmico é uma experiência subjetiva, e o seu alcance pode variar entre indivíduos, mesmo em condições ambientais semelhantes. Portanto, é importante considerar as preferências e necessidades dos ocupantes ao buscar o conforto térmico ideal.
Para os ambientes de trabalho devemos levar em conta alguns estudos e avaliações que buscam solucionar esta questão. Tais como a Norma de Higiene ocupacional – NHO 06, a NR17 do Ministério do Trabalho e a ISO 9241.
A NR17 do Ministério do Trabalho determina que a temperatura do ambiente de trabalho, onde deverão ser executadas atividades que se exige do intelecto, seja efetiva entre 20 e 23 graus celsius, com umidade relativa inferior a 40%.
Já a ISO 9241, por sua vez, recomenda temperatura de 20 a 24 graus no verão e 23 a 26 graus no inverno, com umidade relativa entre 40 e 80%.
A Complementaridade entre Desempenho Térmico e Conforto Térmico
Embora sejam conceitos distintos, eles estão intrinsecamente relacionados. Um bom desempenho contribui para a obtenção do conforto, ao criar condições ambientais adequadas e estáveis. Por outro lado, o conforto térmico é um indicador do sucesso do desempenho térmico de um edifício.
Ao projetar uma edificação, é essencial equilibrar esses dois aspectos. Um excelente desempenho térmico pode ser ineficaz se não proporcionar conforto aos ocupantes. Por exemplo, um sistema de climatização eficiente pode manter uma temperatura interna estável, mas se o ar estiver seco ou houver correntes de ar desagradáveis, o conforto térmico será comprometido.